Foto : Bruno Barata
Tem 46 anos, é francês, e o filho mais novo de três irmãos. Tem uma energia contagiante e um sorriso que conquista. A forma descontraída como comunica, revela um homem tranquilo, consciente de si próprio.
Os pais saíram de Portugal em rumo a França à procura de melhores condições, para dar resposta ao problema de saúde da sua irmã mais velha. Fala da mãe com um carinho extremo. Foi dela que herdou todos os seus valores essenciais e a vontade de ajudar os outros.
Ainda em França, optou pela formação superior em Marketing, mas quis o destino que o programa Erasmus colocasse Portugal no seu caminho. A intensa vida académica em Braga, o sol, as pessoas e, a facilidade em socializar, facilitaram a sua adaptação ao nosso país.
Seguiu-se um estágio na Gillette Portugal, e depois, a entrada direta para o mundo profissional ativo em várias empresas de referência internacional. O seu plano era simples: ganhar experiência para voltar a França e conseguir um emprego estável. Reconhece que construiu o seu caminho sempre com muito trabalho, motivação e inspiração.
Esta é uma partilha sincera, sobre o percurso de um homem humilde e generoso que nunca desistiu, nem parou de tentar compreender qual o seu lugar no mundo. Passou por várias etapas e aprendizagens, decidindo assim, empreender um caminho de conexão interior e autoconsciência.
Hoje, através do universo do yoga, motiva e ajuda pessoas a encontrarem o seu bem-estar físico e emocional.
Com que idade, e em que contexto da tua vida iniciaste o teu processo de procura de evolução pessoal?
O meu percurso profissional na área do Marketing foi uma bola de neve. Comecei a construí-lo sem me dar conta. Muito rapidamente comecei a ser contactado por headhunters. Depois da Gillette, Entrei para o Intermaché, a Ballantine´s e depois fui para o E.Leclerc como responsável do departamento de marcas próprias, na cidade do Porto.
Tudo antes dos 30, e sempre a correr. Vida de multinacional. Era o que eu queria. Entretanto, voltei para lisboa, pois a Leroy Merlin precisava de uma pessoa bilingue, com a minha experiência e know-how. E foi precisamente nessa altura, entre os 30 e 33 anos, que alguns problemas começaram a evidenciar-se… Havia muita pressão nesta área da grande distribuição.
Era muito focado e exigente comigo próprio e, comecei a sê-lo cada vez mais, com os outros. Aqui surgiu o conflito de valores inconsciente, entre os valores que queria aplicar na minha vida, e as regras implacáveis do mundo profissional. Como consequência surgiu um problema físico/orgânico: desenvolvi uma colite crónica.
Estava sujeito a muita pressão e adrenalina, podia beber até onze cafés por dia, e a minha alimentação era muito diferente da que tenho hoje. Apesar de ser um desportista convicto e praticar desporto com regularidade, por sua vez, também tinha muitos jantares profissionais, festas/eventos, reuniões com fornecedores, trabalhava muito. Vivia “la grande vie”, e o meu corpo estava no limite. Era sim uma vida desregrada, e podia sentir uma desconexão entre a minha mente, o meu corpo, as minhas crenças e a realidade do meu dia-a-dia. E era esta desconexão, que se tornava cada vez maior, que me prejudicava fisicamente.
Este problema orgânico levou-me a conhecer o reiki. E surge na minha vida uma incursão no que me parecia, até à data, irracional e esotérico. Tive várias experiências, nas quais me disseram que se continuasse assim, com este tipo de vida, o meu coração não ia aguentar. Percebi a mensagem e comecei a ver além do que a minha mente me mostrava. Os livros de autoajuda começaram a acumular-se na minha mesa-de-cabeceira.
Foto : Francisco Evangelista
Qual foi o papel do Yoga neste processo?
O yoga sempre teve uma estranha presença na minha vida e durante muito tempo não lhe dei o devido valor. No dia dos meus 16 anos, o meu pai ofereceu-me um livro, a bíblia hindu, uma interpretação do Baghavad Gita, que na altura não compreendi. Depois, quando eu tinha uns 17 ou 18 anos, a minha irmã Ana Cristina começou a praticar yoga, e lembro-me de achar muito estranho… Na altura não havia Google, mas eu sabia que era uma filosofia, e não percebia como isso se coadunava com a prática de ginástica.
O yoga introduziu-se na minha vida ao longo dos anos, de forma subtil, sem eu pensar muito nisso. Pontualmente, ia fazendo pesquisas e juntava informação que ia lendo. Por volta dos 20 anos, apareceu-me a teoria da criação da consciência segundo a filosofia Samkhya, baseada nos Vedas, as primeiras obras sagradas indianas, e fiquei completamente fascinado… Através da Intenção e do Potencial da criação, ligados pela Inteligência Espontânea, nasce a matéria e o Ego para que a consciência pura possa vivenciar todo o conhecimento nela já contida.
Cada vez mais confuso entre a teoria filosófica e a minha vida real, agarrei-me aos ensinamentos dum autor norte-americano, Wayne Dyer. É um autor de quem eu gosto, e que tem uma filosofia interessante sobre como ver a vida de uma forma mais positiva. “Se estás perdido e não sabes para onde vais, se queres encontrar o teu propósito, faz voluntariado e espera. Faz com o objetivo de entender o teu propósito.” E nessa altura, eu estava muito orientado para os benefícios do yoga.
Deixando que o universo guiasse os meus passos, houve um dia que cheguei ao trabalho, e decidi pesquisar sobre “yoga e voluntariado”, e apareceu-me uma formação que começava no dia seguinte. Já praticava com regularidade e, decidi de imediato, entrar para esta formação sem mais qualquer informação sobre a mesma, ou, sobre os seus facilitadores. O curso começou com 45 alunos e, 3 anos mais tarde, terminou com 7, eu incluído…E só levei a cabo este curso porque não queria desistir sem perceber primeiro para onde deveria caminhar a seguir…Sabia que ao desistir do mesmo só por “não gostar”, nada teria aprendido. Precisava de ficar para definir claramente o que queria. De facto, tudo começa a ficar mais claro quando estamos em alinhamento com os nossos objetivos, e quando estes estão previamente bem definidos. Este alinhamento a que me refiro é o crescimento da nossa autoconsciência, que com o tempo e a maturidade, fica mais apurada e só então é que o mundo começa a fazer mais sentido.
Foi nessa altura que a tua vida se começou a transformar?
As coisas começaram a transformar-se, sim. Eu queria ser uma melhor pessoa e, não conseguia, queria ajudar-me a mim próprio, mas a forma como eu verbalizava os meus pensamentos e as minhas emoções, não eram as mais subtis. E as pessoas diziam-me muitas vezes: “Tu és sempre do contra!” E eu só pensava: “Como é que eu estou a querer ajudar e toda a gente me rejeita?”.
A intenção estava lá, mas a forma de expressão não estava. Dei-me conta disto quando ainda estava no Aki/Leroy Merlin, onde fiquei 5 anos. Estava cansado, achava que as pessoas não gostavam de mim e que era maltratado, pois, assumia muitas vezes o papel de vítima. Não entendia porque outros colaboradores, menos investidos e menos trabalhadores, usufruíam de mais reconhecimento do que eu. O que eles tinham era evidentemente o que me faltava: a verbalização do ponto de vista adequado. Eu era demasiado frontal. Não é que as minhas intervenções não fizessem sentido, mas não eram feitas da forma correta, e eu era responsável por isto tudo. Quando me diziam que não era uma pessoa positiva, isso fazia-me sofrer. No início, argumentava, mas depois deixei de o fazer quando percebi qual era o problema: a minha forma de verbalizar as minhas intenções. Eu sempre fiz muita coisa, desde voluntariado a ajudar pessoas e colaboradores que mereciam… E gostava de ser valorizado por isso, e não estava a ser.
Para corrigir este “desvio”, comecei a fazer pesquisa e deparei-me com a Louise Hay, e o que eu precisava na altura estava lá para eu aprender a ser mais positivo comigo próprio, pois eu não o estava a ser e, por isso, não podia ser positivo com os outros. Devo ter lido todos os livros do Osho e da Louise Hay, entre muitos outros. Estava numa missão de me reconstruir. E o yoga no meio. Dei-me conta que eu era o meu próprio problema, e comecei a “pôr o dedo” neste mesmo problema. Eu pensava ser uma determinada pessoa e as pessoas viam-me de uma forma diferente. Enquanto ficava mais consciente da minha forma de pensar, nesta formação que fiz, mesmo antes de a terminar, começaram a surgir oportunidades para dar aulas, mas naquele momento, eu não queria ser professor de yoga. Pensava: se eu tenho os meus problemas e, que ainda não estão resolvidos, como é que vou responder e ajudar as pessoas a ultrapassar os seus? Que direito tenho? E isto foi das primeiras coisas que comecei a por em prática, não tentar ajudar alguém que não o tivesse pedido explicitamente.
Foi quando percebi que tinha de sair daquele emprego. Decidi montar o meu projeto e a minha empresa de venda de artigos para a prática de yoga. Estava no bom caminho. Um caminho de transformação, a trabalhar para mim, a fazer as coisas como eu queria e a cumprir o meu propósito. Estava mesmo convicto, que ia cumprir o meu propósito.
Mas nem sempre tudo o que se planeia corre bem…
As pessoas diziam-me que meu projeto era importante porque ajudava ao desenvolvimento do Yoga, mas não havia dinheiro para yoga naquela altura e o negócio foi caindo…Tinha uma loja física e uma loja online. E foi então que começaram a entrar pessoas na loja a perguntar se dava aulas de yoga. Eu disse que não, uma, duas, três vezes… Até que um dia disse: sim! A necessidade era mais forte que a vontade. E comecei a dar aulas a uma pessoa que morava na rua da loja, que disse a uma amiga, e rapidamente os alunos passaram a três, a quatro, etc… Decidi arriscar e alugar a loja do lado, que tinha o dobro do tamanho para poder dar aulas.
Pela mesma altura, naquela formação que fiz, encontrei uma professora de yoga com valores aparentemente próximos dos meus e, em conjunto montámos um projeto de formação em yoga, sem a ideia do guru e do mestre, com uma abordagem mais aberta à filosofia, ao estilo americano. Durante este processo, continuei a mudar-me e comecei a ver-me de forma mais neutra, concluindo que sempre fora muito crítico em relação aos outros, porque também o era em relação a mim próprio. Nesta altura, a relação com a pessoa com quem trabalhava começou a deteriorar-se. E eu pensei “isto está a correr mal e a acontecer-me porque eu tenho de aprender qualquer coisa com isso”, mas no fundo eu estava a permitir que isso acontece-se. Achei que era melhor continuar sozinho. Desliguei-me dela e mesmo assim o negócio foi abaixo. Foi em 2011/2012.
Estava tão envolvido neste projeto que acabei esgotado fisicamente e financeiramente, perdi dinheiro, perdi tudo. Tudo me corria mal, até no dia em que fechei a empresa, tive de pagar uns 300 euros de despesas administrativas. À beira do colapso, pensei: “Tenho mais de 40 anos, perdi o meu trabalho, acreditei em pessoas que me enganaram, estamos em crise, e as pessoas não têm dinheiro, mentem-me quando me dizem que o meu projeto é bom, pois
mesmo assim, não vendo nada.” Estava muito perdido nestes pensamentos de vitimização. Estava tão triste, vazio e esgotado e cansado. Acreditei no “sonho americano” em Portugal, e se a lei do retorno fosse verdadeira, sendo uma pessoa competente, com força de vontade e criatividade, deveria ter conseguido sucesso pelo meu mérito. Sempre tinha feito assim para os outros e tinha resultado. Pensei: “sempre acreditei no yoga, como é que eu ainda acredito no yoga, na lei do retorno e só tenho maus resultados?” Tinha um buraco negro na minha vida. Não me sobrava nada. O yoga tinha-me enganado, tinha caído num engodo…
Estava a tocar no fundo do poço quando surgiu a luz… Foi quando percebi que o yoga não estava errado! Eu não tinha percebido nada, eu sabia muito, mas não percebia nada… Eu via o mundo da forma como eu pensava. Julgava que tinha mudado, mas a minha forma de pensar era a mesma. Tinha mudado a minha vida, mas isto foi uma mudança superficial, tinha mudado tudo à minha a volta e, não o principal: o interior, a minha forma de pensar era a mesma. Fui para casa mais determinado do que nunca, peguei nos livros da Louise Hay, nas suas frases positivas, pesquizei na net por novas formas de me reprogramar. Comecei a trabalhar de forma mecânica, e comecei a integrar o verdadeiro sentido em ter pensamentos positivos. E comecei a perceber a filosofia do Yoga duma forma diferente…
Metia em prática o que conseguia entender, e as mudanças começaram a surgir. Apareceu-me a oportunidade de um novo emprego. Passado uma semana estava a trabalhar num call center, onde ganhava 900 euros por mês. Estava no bom caminho e continuei o meu trabalho interior, sem mais me preocupar no que acontecia a minha volta. E todos os dias, à hora de almoço, fazia esse trabalho de reprogramação com frases positivas.
Foi nessa altura que começaste um novo processo de reconstrução?
Estava num processo de auto cura. Primeiro, tinha de me mudar a mim próprio, e depois as coisas iriam mudar sozinhas, tinha a certeza que sim. Na altura, quando iniciei o processo de construir uma visão mais positiva do mundo como o via, foi uma etapa muito importante porque foi quando comecei realmente a reestruturar as coisas na minha vida e voltei a ganhar confiança, a acreditar que viver valia a pena. Comecei a tentar perceber como é que eu queria trabalhar, com ou sem crise, como o ia fazer. Tudo pelo que passei levou-me a ter o conhecimento que eu tenho agora. É um processo em constante desenvolvimento, nós somos seres humanos, falhamos para melhorar, porque é quando sentimos dor, é quando finalmente abrimos os olhos. Eu não era uma pior pessoa antes, apenas construía os meus pensamentos de forma diferente, e esta era a forma errada de o fazer. As minhas intenções sempre foram as mesmas e bem-intencionadas. Há uma frase da Madre Teresa de Calcutá que resume o que sempre foi meu propósito, e que diz: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.” Hoje em dia, não consigo dar uma aula de yoga sem pensar nisso. Tem de ser assim, porque senão não vale a pena.
Nessa altura, em que a luz estava a fazer o seu caminho na minha mente, sou contactado para voltar à área do Marketing. Era o universo a responder ao meu processo de mudança interior. Aceitei, porque já tinha percebido o que queria e precisava ainda de consolidar as bases para dar continuação o meu projeto, sem deixar de dar aulas de yoga a um grupo restrito de alunos, depois de terminar o dia de trabalho na empresa. Seis meses depois, quando chegou o momento da avaliação e renovação do contrato, eu não quis negociar. Sabia que não precisava de continuar neste emprego para sobreviver. O yoga iria ser o meu único sustento.
Foto : Francisco Evangelista
Este ano, estiveste no evento Wanderlust e passaste uma mensagem especial. Queres partilhar?
Sim, o meu yoga pretende ir mais além do que se consegue transmitir em aulas, com formato predefinido de sequências de posturas, exercícios de respiração e meditação. No palco do Speakeasy (paltestras do Wanderlust) tive a oportunidade de falar mais diretamente com o público, onde fiquei feliz e tão grato por tanta gente se disponibilizar para me ouvir.
Comecei com esta afirmação: “Há 5 anos, eu pensava que mundo estava a terminar, e hoje, dei uma aula a 2000 pessoas.”
Em resumo, o ensinamento que estava a transmitir é: não fiques vidrado e parado no que é (nos dramas do quotidiano), a reviver o que não gostas e sabes que não podes alterar (a repetir interiormente ou aos que te rodeiam), mas pega nesta situação concreta para perceberes o que gostaria de ter no seu lugar, utilizar este acontecimento como ponto de partida para definires o que queres e para onde deves caminhar para conseguires uma vida plena. O exemplo do carro é muito bom, para melhor entender este conceito: precisas do teu carro e precisas dele para ir trabalhar e ganhares o teu ordenado para manteres e construíres a tua vida. Aí aparece alguém que, por inadvertência, bate no teu carro. A culpa não foi tua, mas o teu carro fica completamente estragado. A primeira coisa que pensas (ou qualquer outra pessoa nesta situação): preciso tanto do carro… e agora? Como é que vou fazer? Não tenho dinheiro para o consertar! Isto é injusto! O que fiz a Deus!!
Naquele momento estás vidrado no que é, que não podes mudar, e não há nada que possas fazer. Ficas cada vez mais triste ou revoltado de tanta frustração e injustiça. Isto, é que fazemos todos, de forma refletiva e em relação a tudo o que nos causa transtorno. É assim que vivemos as nossas vidas. Deixamos de viver o momento para recordarmos a nossa dor (o que nos traz a atenção e compaixão no olhar dos outros, em suma, faz-nos sentir amados e presentes no olhar dos outros).
A solução consiste em mudar a base de construção dos nos pensamentos: “bem, eu sempre quis ter uma vida mais saudável, vou pedir a bicicleta emprestada ao meu vizinho e começar a ir para o trabalho de bicicleta. Só tenho de avançar.” E esta é a diferença entre os dois tipos de pessoas, as pessoas comuns que ficam vidradas no que não podem alterar, e as pessoas incomuns, aquelas que nos inspiram, que pegam no que não podem alterar para dar novo rumo as suas vidas. É essa a mensagem que eu tento transmitir através das minhas aulas, das minhas palestras e do meu livro, e falo disso, porque acho maravilhoso ser possível fazer estas transformações sem ajuda de nada e ninguém, apenas trabalhando-nos a nós próprios, ao nosso próprio ritmo.
Basicamente, é: “não tentes mudar os outros, olha para dentro, para ti, e tenta criar pensamentos construtivos e positivos, e o mundo à tua volta irá mudar sem que dês por isso, e sobre tudo, sem que precises de intervir”.
No meu caso, como resultado de ver a vida deste este ponto de vista, acontecem-me coisas como, por exemplo, este convite da entrevista da Vegan Vibe, o convite para ser embaixador adidas e do Wanderlust, a Ana Rita Clara que me convida pessoalmente para ir apresentar o meu livro no seu programa de televisão, o convite da Maya para entrar no seu Guia de Astrologia 2018 depois de ter apresentado o meu livro no seu programa de TV. E é disto que se trata, quando estamos alinhados com o flow (o flow pode ser visto como a tendência natural do universo em expandir-se), ou seja quando pensamos de uma forma que nos permite avançar, em vez de resistir com pensamentos negativos na repetição das coisas que nos trazem dor e nas quais ficamos a estagnar.
Como surgiu o livro “Slow Living Yoga”?
Este livro também foi assim. Fui ao programa do Alvim, falar sobre um retiro de yoga que tinha organizado e havia mais dois convidados que estavam a apresentar os seus livros. A editora de um destes livros estava a ver o programa e mandou-me uma mensagem a dizer que tinha gostado muito da minha forma de chegar ao público, que eu era muito genuíno e autêntico, e que me queria lançar o desafio de escrever um livro. Eu disse sim! E então fiz.
Ser feliz é?
Ser feliz é sentir-me bem agora neste momento e é tão simples quanto isto: é dares-te conta no momento em que estás feliz, onde te estás a sentir bem, ou seja, é teres autoconsciência do teu estado emocional quando ele flutua para poderes intervir, e isto é mesmo fabuloso! É tão bom saber que podes regressar a este estado de bem-estar em qualquer altura e momento, só precisas de não ficares vidrado no que é, e que não podes alterar, para caminhares rumo ao que queres e faz sentido para ti, para seres feliz. Porque todos nós temos este poder, o de mudar os nossos pensamentos e criar uma visão mais positiva do mundo. Só precisamos de assumir que somos nós, os responsáveis da nossa vida.